O que é contratura capsular? Já ouviu falar?
Aumentar os seios através da prótese de silicone é o desejo de muitas mulheres. Contudo, destacar os benefícios da cirurgia é muito importante, mas é preciso informar os riscos também, como por exemplo, a contratura capsular.
Após a realização de uma mamoplastia de aumento, o corpo reconhece os implantes mamários como um corpo estranho. Desta forma, inicia-se um processo natural de defesa e o sistema imunológico desenvolvendo uma cicatriz interna sob a forma de várias camadas sobre a prótese mamária. Este processo de cicatrização é um processo natural e desenvolve-se até o organismo “aceitar” o corpo estranho que foi colocado.
Em alguns casos, esta reação natural do corpo poderá ser mais intensa, criando-se uma camada de cicatrização anormal em volta dos implantes mamários, causando desconforto ou mesmo dor podendo também comprometer os resultados.
Esta reação pode causar dor e rigidez na mama podendo também acontecer distorção e assimetria. A contratura capsular é uma das complicações mais comuns associadas à mamoplastia de aumento e pode implicar uma cirurgia de revisão. No entanto, estudos comprovam que a incidência de contratura capsular reduziu drasticamente sendo atualmente inferior a 5%. Esta redução está relacionada com o desenvolvimento de implantes mamários com gel de silicone altamente coesivos e com superfícies texturizadas ou de poliuretano.
O desenvolvimento de fibrose é um processo natural de defesa do organismo e ocorre após qualquer cirurgia. No entanto, o desenvolvimento de contratura capsular pode estar relacionado com a qualidade do material. A qualidade bem como o revestimento do implante mamário é um fator determinante no desenvolvimento de contratura capsular pelo que deverá ter conhecimento tanto da marca como do tipo de implantes que será utilizado na sua cirurgia.
Existem ainda outros fatores que podem estar relacionados com o desenvolvimento de uma contratura capsular tais como:
Na maioria dos casos é bem sutil esse tipo de complicação, pois a fibrose ocorre em alguns graus e somente quando já está avançado é que apresenta modificação, ruptura da prótese e dores intensas no paciente.
Grau I: sem sintomas locais e que em exame físico, não se verifica alterações como assimetrias ou deslocamentos. As mamas são macias e não há incômodo na palpação.
Grau II: a mama com contratura é menos elástica, podem ocorrer pequenos incômodos e o implante é sentido na palpação. Visualmente não há alteração.
Grau III: a mama com contratura é mais dura, o implante pode ser visto e sentido na palpação e há assimetria em relação à outra mama.
Grau IV: existem todas as alterações do III acrescido de dor e assimetria grave, com perda do resultado.
O diagnóstico é realizado através da observação e toque das mamas, mas são necessários exames complementares como mamografia ou ecografia para um diagnóstico mais preciso.
Sobretudo, após a avaliação será verificada a necessidade de uma possível troca do implante. Contudo, caso os sintomas sejam leves, é possível reverter o processo com medicações. Mas, se o processo já estiver em estágio severo, será necessária a troca do implante por um novo.
É sempre bom salientar que a prevenção é sempre o melhor dos tratamentos, por isso é extremamente importante que se siga corretamente o pós-operatório e todas as recomendações médicas, pois ele favorece uma melhor cicatrização e assim garante que o seu procedimento não tenha complicações.
Existem algumas maneiras de reduzir o risco de desenvolver a contratura capsular, como:
Sobretudo, é fundamental observar todos os sinais que seu corpo apresenta. Pois, o diagnóstico precoce desse problema facilitará o tratamento. Também, é preciso ter cuidado em todas as fases que envolvem a cirurgia, como por exemplo, escolha do cirurgião plástico, escolha da prótese, cuidados no pré e pós-operatório, seguir a risca todas as recomendações do médico e principalmente prezar pela saúde, segurança, além de respeitar os limites do corpo.
Agora que você já sabe o que é contratura capsular, procure o seu cirurgião plástico em caso de sintomas e dúvidas.
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Dr. Alexandre Meira
Cirurgião Plástico em Belo Horizonte
CRM: 25.013 | RQE: 6817